A história do cabo Wallace
Certa vez conheci uma moça numa das minhas viagens ao interior, Araraquara, pra ser precisa. Muito simpática, falante e tal. Um dia, sentamos para conversar sobre coisas de amor, e ela passou a me contar uma passagem muito pitoresca sobre sua viagem a São Paulo. Eu já não me lembro bem dos termos, nem das situações exataas, mas, o mais importante, é que a história toda se referia a um homem com nome "importado" que começaca com "W" e posto na Polícia Militar. Chamemo-lo, por ora, de cabo Watson, figura que ela tanto acalentava.
Pois bem, numa noite, numa reunião de amigos, ela conhecera o dito soldado Washington. Conversaram por algum tempo, provavelmente comeram algo e coisas assim.
Até aí, nada de mais marcante, certo? Bom, pois não é que ela caiu de amores pelo tal sargento Wellington?
Mas... tímida que era (em determinadas situações, quem fala muito fica quieto e quem é quieto, já diria Renato Russo, fala demais por não ter nada a dizer), acabou não pegando contato nenhum do referido PM.
Bom, o sargento Wellington nunca mais foi visto e dele ninguém mais ouviu falar. Pra falar a verdade, quem nunca mais foi vista foi a minha amiga já que no dia seguinte à reunião, ela voltou para Araraquara.
Eu tentei fazer algum comentário, do tipo... "ah, mas essas coisas acontecem, às vezes a gente se apega mesmo... mas depois passa".
E ela concordou, e talvez, de enamorada que estava, imaginando que São Paulo não fosse muito maior que as redondezas da casa onde tinha conhecido o policial, comentou com um suspiro: "ah, mas eu tô na minha, tranquila. Agora... se vc achar o Cabo Wallace por aí, diz pra ele que estou por aqui?".
E foi assim, que a expressão "eu tô na minha" assumiu pra mim seu verdadeiro significado.